Essa é uma sintese dos principais eventos da vida de Santo Inácio de Loyola, a partir de sua biografia escrita por
J.M.S. Daurinac (Edições Centro Dom Bosco)
. Este é um que marcou muito minha vida, e sempre me recorda que a vida do cristão é uma luta, um combate incessante, em que temos de nos ater ao Principio e Fundamento a todo momento, e escolher a cada momento combater no exército de Cristo. Espero que conhecer a vida deste grande santo possa fazer com que olhemos a Deus e queiramos, como Santo Inácio, fazer
tudo para a maior glória de Deus!!!
PARTE 1: CORTESÃO E GUERREIRO (1491–1522)
- Filho de D. Beltrão Yanez de Onaz y Loyola e de D. Marina Saenz de Licona y Balda. O casal teve 11 filhos: 8 homens e 3 mulheres.Inácio nasce em 1491, no Castelo de Loyola. Os homens tinham disposições belicosas, e sua mãe rogava para que Inácio não as tivesse também. Mas o filho se mostrou ainda mais turbulento que seus irmãos
- O duque de Najera, D. Antônio Marique, tio de Inácio, fez com que Inácio fosse admitido na escola dos pajens do Rei Fernando, O Católico. Após terminada sua educação, continuou na corte, se ausentando apenas para os treinamentos em armas junto de seu tio. Na Corte, se sentiu atraido por uma princesa, e não era repelido; quando narrou ao Padre Gonçalves da Câmara este episodio, não aprofundou nele, apenas dizendo que a moça era de uma dignidade maior que a de duquesa, e dessa forma, se presume que seja uma princesa. E entre as princesas, só poderiam haver duas possibilidades na Espanha daquela época: Germana de Foix (sobrinha de Luis XII e viúva de Fernando, O Católico) e a jovem Catarina de Aragão.
- Com 26 anos, sai com seu tio para batalhar contra os castelhanos, que ocuparam Najera. Cercam a cidade, invadem e a cidade é entregue à pilhagem. Pacificação de Castela é feita com sucesso, e Ínácio volta à Valência por um tempo, mas a abandona quando seu tio, D. Antonio Manrique, que era o então Vice Rei de Navarra, o chama para que o acompanhe à cerimonia de sua posse. No meio do caminho soube-se que o Conde de Esparra, Andre de Foix, marchava sobre a Espanha com um grade exército. D. Manrique deixa suas tropas de Pamplona sob o comando de Inácio, e vai à provincia de Castela para procurar auxilio. Os franceses queriam reconquistar a Navarra espanhola em nome de Henrique de Albret, filho e herdeiro de D. João III, destronado por Fernando, O Católico. Navarra foi conivente com os reconquistadores e apoiavam Albret, em razão da repulsa que tinham a Fernando, uma vez que, uma vez que a Navarra independente foi conquistada, tornou-se mera provincia espanhola. Os franceses cercam Pamplona, e Inácio se recusa a render-se e tentam defender a fortaleza, e em 20 de Maio, são derrotados.
- Inácio é ferido na perna esquerda e na direita (nesta, por uma bala de canhão que ricocheteia. É transportado ao quartel general dos franceses, e é recebido como herói até mesmo por Andre de Foix. Inácio pede ao general para que avise a D. Manrique que foi derrotado honradamente, e para que não tente resistir aos franceses, que são agora os senhores da praça. Após isso, é levado de liteira ao Castelo de Loyola.
- Seu pai falece, e D. Martim Garcia, irmão mais velho de Inácio, torna-se chefe de familia. Inácio descobre que sua perna direita foi mal curada, e fica com um calo ósseo que o deixa como que manco; para tentar curar, é preciso quebrar o calo ósseo formado, quebrar a perna de novo, unir as partes do osso, e aplicar um aparelho. Inácio aceita o doloroso tratamento, com receio de ficar disforme. Caí doente após a operação, de tal forma que recebe os últimos sacramentos, mas se recupera após uma visão em sonho na qual o Apóstolo São Pedro coloca a mão sobre ele e o cura. Após acordar, descobre que ficou coxo, após a primeira cirurgia. Se submete a outra, ainda mais dolorosa, que lhe manteve em repouso no Castelo por um tempo consideravel.
- Neste meio tempo, precisa se entreter de alguma forma, e pede para que D. Garcia lhe traga romances de cavalaria, que lhe alimentaram em sua imaginação militar; não encontrando romance algum, leva a Inácio dois livros piedosos — a contragosto de Inácio, de inicio — : (i) Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Frei Ludolfo e (ii) A Flor dos Santos. Inicia um processo de conversão, e de desapego às vaidades a que se prendia na Corte.Escrevia os trechos que mais lhe marcavam em um manuscrito que chegou a ter 300 paginas. Sente em um momento a vontade de abandonar tudo para servir somente a Deus, e pede a Santissima Virgem que aceitasse esse compromissos que tomava de viver para a glória do Divino Filho e ser fiel à sua bandeira e servir sob sua milícia e suas ordens.
- Sai de casa, levando apenas os manuscritos em 1522,
PARTE II: MENDIGO E PEREGRINO (1522–1524).
- Inácio, vestido como fidalgo, toma estrada que conduz a Barcelona. Vai a Monserrate, por-se sob proteção da Virgem Maria, Chega ao convento dos beneditinos e faz confissão geral com o Pe. João Chanones, e só a conclui após três dias. No dia 24 de Março, após a confissão, troca suas vestes de fidalgo da corte pelas vestes de um mendigo, e passa a noite fazendo sua “vigilia de armas”, na esperança de comungar no dia seguinte. No dia 25 de Março (Anunciação), abandona Monsserrate, querendo ir a Terra Santa.
- D. Inês Pascoal em Manresa, acolhe Inácio no Hospital Santa Lúcia. Perto de Manresa, encontra uma gruta de uns trinta passos de comprimento, e dez de largura, e estabelece lá sua morada. Sofre muito a sua saúde pelas numerosas penitencias e jejuns, e muitas vezes é levado ao Hospital Santa Lúcia. Até que D. Andre Ferreira de Amigante leva Inácio para sua casa até que ele se reestabeleça.
- Retorna ao Hospital e seu confessor lhe impõe para que habite lá. Começa a ter visões místicas e passa a penetrar profundamente o mistério Trinitário, e Deus lhe dá conhecimento profundo sobre os mistérios da fé. Começa a sentir o chamamento a tornar Cristo mais conhecido por um trabalho apostólico. Em sua biografia, a autora põe essas palavras na boca de S. Inácio: “Não basta que eu sirva o Senhor Soberano do Céu e da Terra; é necessário que Ele seja amado por todos os corações; é necessário que todas as vozes o bendigam e cantem os seus louvores! Não basta que eu trabalhe para a minha própria perfeição; é necessário, para a maior glória de sua divina Majestade, que eu trabalhe para a dos outros!” (p. 75). Sai para Barcelona.
- Em Barcelona, 1523, conhece Inácio à D. Isabel de Rossel, que lhe ajuda a conseguir um navio que o aceite para que possa ir aos Lugares Santos. Vai a Roma pedir autorização para a viagem, e chega no domingo de Ramos de 1523. Consegue a autorização do Papa Adriano VI. Chega em 4 de Setembro em Jerusalem, e tem inspiração a formar uma compahia de discipulos para seu apostolado naqueles lugares. O provincial dos Franciscanos o proibe de ficar la, por não ter fundos nem para eles próprios, tanto menos para um peregrino.
- Volta e chega a Veneza em janeiro de 1524.
TERCEIRA PARTE: MESTRE E DISCIPULO (1524–1534)
1. A sua resolução de fundar uma Companhia de Apóstolos mostrava-o a necessidade de formar-se intelectualmente para tal nas ciências humanas, uma vez que nas divinas, suas visões lhe haviam infundido grande ciência destas coisas. Resolveu, desta forma, ir a Barcelona para aprender os fundamentos da língua latina (Inácio já tinha 33 anos de idade), e para os auxílios no estudo conseguiu de seus amigos D. Isabel Rossel e D. Ines Pascoal o necessário em livros e esmolas. Inicia seus estudos com o professor Jeronimo Ardebalo, e teve muitas dificuldades nos estudos e na concentração, uma vez que se distraia muitas vezes à contemplar as maravilhas divinas. Para formar seu gosto na leitura, lhe indicam as obras de Erasmo, as quais Inácio não aprecia tanto quanto à Imitação de Jesus Cristo.
2. Inicia seu apostolado na cidade — reduzido, em razão do tempo que os estudos lhe consumiam — pelo Convento dos Santos Anjos, onde o fervor havia diminuído e os costumes degenerado. Pede ao Padre Martinho Puyalto, e consegue autorização para aplicar os Exercicios Espirituais; o resultado foi uma completa reforma e chama de fervor renovado, o que deixou descontentes vários homens mundanos, que tentaram matar certo dia a Santo Inácio e o Padre Puyalto — conseguem assassinar o segundo. Um homem, chamado Ribeira, confessa ser mandante do crime, e o santo o perdoa. Opera numerosos milágres em Barcelona, que o deixam com fama de santo.
3. Após dois anos de estudos básicos em Barcelona, seu professor lhe dirige à Universidade de Alcalá, para estudar Filosofia. Na partida, muitos querem o acompanhar fazendo-se discípulos do santo: D. João Pascoal — filho de D. Ines -, Miguel Rodez, e outros. Inácio rejeita o primeiro, prevendo que este irá se casar com uma moça virtuosa, mas há de sofrer muito por seus filhos, para a maior gloria de Deus, e ao segundo, diz que sua vocação é na magistratura. Aceita apenas a Calisto, Artiaga e Diogo Cazeros.
4. Chega em Alcalá em agosto de 1526. Conhece um estudante de Filosofia, D. Martinho Olavo, que há de ser um de seus filhos da Companhia. Aloja-se no hospital de Antezuma e usa seu tempo para o cuidado dos pobre e doentes, onde conhece um novo discipulo, João, que se junta aos três primeiros. Antes de iniciar as aulas, o santo tenta adiantar os estudos que haveria de fazer na Universidade — logica de Soto, Fisica de Alberto Magno e Teologia de Pedro Lombardo -, sem sucesso. Começa a servir os doentes, visitar aos pobres, explicar o catecismo às crianças e dar conferencias espirituais na sala do hospital, mas também faz um grande serviço na conversão dos estudantes universitários. Pelo sucesso que tem tido, alguns o denunciam à Inquisição de Toledo, da qual o inquérito o absolve, mas proíbe ele e seus discípulos de vestirem-se de forma a parecerem religiosos. Outro conflito com a Inquisição o proíbe de ensinar religião. Tendo sido frustrado seu apostolado na cidade, vai a Valladolid e depois à Salamanca, onde tem problemas com a Inquisição — por ser leigo, e ensinar religião, e por certas calúnias feitas a ele -, e é preso com Calisto. Sendo absolvido após as investigações provarem ser ele inocente e seu ensino ser orotodoxo, vai à Paris, onde, após um problema com alguns colegas de quarto, se abriga no hospital Saint Jacques. Seu apostolado em Paris conquista 3 jovens, que decidem abandonar tudo, dar seus bens aos pobres, e viver a santa pobreza: D. Peralto, D. Amatore e D. João de Castro. Após novas difamações feitas, é declarado novamente inocente e ortodoxo pela Inquisição de Paris, mas perde seus 3 discipulos — D. Joao virou cartuxo depois.
5. Vai estudar filosofia no Colégio Santa Barbara. Conhece, depois de um tempo, dois dos que seriam seus primeiros discípulos: Pedro Fabro e Francisco Xavier, que lhe resistiu por mais tempo. Leva ambos a fazerem os Exercicios, e os conquista para a causa de Cristo.
6. Em 1533, sua fama de santidade leva à ele Alfonso Salmeron e Diogo Laynez, que querem ser seus discípulos. Conhece também Simão Rodrigues, Nicolau Bobadilha e Jeronimo Nadal. Pedro Fabro é ordenado em 1534.
7. Em 1534, no dia 15 de agosto, decidem ir ao convento de Monrmartre para fazerem votos, para seguirem numa vida apostólica ate a terra santa, ou por-se a disposição do Santo Padre, caso não seja possível. Neste ano nasceu a Companhia de Jesus, no mesmo ano que o heresiarca Henrique VIII fazia seu cisma na Inglaterra e que Calvino espalhava seus erros e heresias em Genebra.
QUARTA PARTE: FUNDADOR DA COMPANHIA DE JESUS (1534–1541)
1. Enquanto Inácio vai a Espanha resolver os negócios de seus discípulos, Fabro conquista mais 3 discipulos através dos exercícios: Claudio Lejay, Pascácio Broet e João Cordure. Inácio, em sua viagem, conquista Diogo de Hozez.
2. Decidem se encontrar em Veneza em 1537, e fazem um caminho que passa pela Alemanha, e tem vivas controvérsias com os hereges luteranos. Chegando em Veneza, Inácio manda seus discípulos a Roma para conseguir do Papa autorização para ir à Terra Santa. O Papa, não permite, mas abençoa-os com paternal carinho e permite aos que não são ordenados, que o sejam.
3. São ordenados no dia 24 de Junho de 1937. Inácio, Fabro e Laynez vão para Vicencia; Xavier e Salmeron vão para Montelice; Rodrigue e Lejay vão para Bassano; Cordure e Hoces para Treviso; Broet e Bobadilha vão para Verona. Reunidos, decidem fazer apostolado nas grandes Universidades: vão em duplas, sendo cada semana um deles o superior. Inácio, Laynez e Fabro vão a Roma. Inácio é encarregado do serviço apostólico, Laynez da cadeira de escolástica e Fabro da cadeira de Escritura Sagrada no Colégio de Sapiencia. Não sendo possível ir à Terra Santa, vão todos a Roma se por a disposição do Santo Padre — chegam em 1538. Esperando p Papa Paulo III voltar a Roma para pedirem que constitua em Ordem Religiosa sua Companhia, começam a escrever as Constituições.
4. Em Roma, em 1538, tiveram controvérsia com o Frei Agostinho do Piemonte, que viria depois a apostatar à Fé Catolica para a heresia luterana. Continuam a cuidar dos doentes no Hospital de Roma, e neste mesmo ano, Inácio tem a alegria de conquistar seu sobrinho Antonio de Araoz para a causa de Cristo.
5. Erigida em Ordem religiosa em 27 de setembro de 1540. Inácio é proclamado Geral da Companhia em 19 de abril de 1541.
QUINTA PARTE: GERAL DA COMPANHIA DE JESUS (1541–1556)
1. A Companhia tem uma fama de santidade tão grande, que são solicitados por todos os Estados Europeus. Xavier é enviado para as Índias, e Simão Rodrigues funda Colégio em Portugal; Fabro vai para a dieta de Worms na Alemanha, mas quem acaba por ficar na Alemanha é Bobadilha e Lejay; na Inglaterra da apostasia de Henrique VIII, Padre Salmeron e Broet; por fim, Padre Laynez vai à Venza. Neste ano (1541), Padre Cordure falece.
2. A Companhia esta cheia de noviços, entre eles: Antonio de Araoz (sobrinho do santo), Francisco Estrada, Diogo de Enguia e Pedro Ribadeneira. Exercitava-os profundamente na santa obediência, e não hesitava em expulsar os que não se adequassem. Daurinac conta algumas dessas provas a que submetia os seus:
“Assim, o santo fundador ordenava a um pregador que se ocupasse dos negócios da casa, sem cessar as suas pregações; queria que o professor de teologia ensinasse gramática; enviava o professor de teologia à cozinha.
Um Padre preparava-se para celebrar a Santa Missa e estava já revestido dos paramentos; vinham adverti-lo de que o Padre Geral lhe queria falar e o padre devia tirar os paramentos e ir onde a obediência o chamava. Chegando diante do Padre Geral, este dizia-lhe simplesmente: — Vá dizer missa.” (p.243)
3. Entre as obras de catequese e regeneração, Inácio funda a Casa de São João de Mercato, onde dava asilo aos catecúmenos e neófitos vindos do judaísmo, que tinham receio da pobreza que geralmente seguia-se da conversão. Pede ao Santo Padre para que assegure aos judeus convertidos a conservação de seus bens legítimos ou adquiridos, o que foi concedido pelo Papa Paulo III. Neste ano, através dessa obra, Inácio pode batizar quarenta judeus. Outras obras são as casas para crianças abandonadas, protegida por um Cardeal; e nas suas visitas aos hospitais, retorna um costume devoto segundo o qual o médico só poderia fazer duas visitas ao paciente, a terceira necessitando que o doente faça sua Confissão antes, o que ajudava a não perder as almas que decidiam se confessar apenas de última hora; para as moças arrastadas pela miséria, o Convento de Santa Catarina as acolhe até o casamento, ou até a profissão religiosa, caso sejam chamadas a isto. Jeronimo Nadal faz os Exercicios e se junta à Companhia.
4. Os discípulos novamente se espalham pelo mundo. Paulo III chama Padre Laynez e Salmeron para o Concilio de Trento como seus legados.Há grande polêmica, uma vez que Fernando I deseja elevar o Pe. Claudio Lejay ao episcopado, e Inácio se opõe firmemente, para preservar o espírito de humildade da Companhia. Já nesta época, há cerca de 200 membros e 9 professos. Em 1546, Pedro Fabro morre. Apesar da expansão da Companhia, sempre é atacada e difamada: fica famosa a controvérsia entre Melchor Cano — ferrenho opositor da Companhia — e João Pena — dominicano, que defendeu a Companhia. Salmeron e Canísio vão à Alemanha combater os hereges luteranos.Funda-se ai o Colégio Germanico, para estudos dos alemães, onde os estudantes se comprometeram a permanecerem fieis à Fé Católica. Este foi o primeiro seminário semelhante aos que conhecemos hoje.
5.
Inácio falece no dia 31 de julho de 1556, no dia do aniversario da aprovação pela Santa Sé dos Exercicios, com 65 anos. A sua obra, naquele momento já tinha 12 provinciais, mais de cem colégios, três mártires — um nas Indias orientais e dois no Brasil. 43 anos depois, o
Cardeal Bellarmino — jesuíta, feito cardeal por Clemente VIII, sob pena de pecado — fez sermão por ocasião da morte do Santo, à qual teve o
Cardeal Barónio como um dos ouvintes, que ficou maravilhado e pediu para que se colocasse uma imagem de Inácio na frente de seu túmulo, que foi como que uma autorização da devoção popular que se tinha.
O processo foi aberto por Paulo V, de 1605 à 1609, e foi declarado bem aventurado; mais tarde, Gregório XV o canonizava em 12 de Março de 1622; Urbano VIII em 1623 declara Santo Inácio no nímero dos santos em uma de suas bulas, mencionando 200 milagres atribuídos.